Manifestantes põem fogo em barricada durante protesto em Santiago nesta sexta-feira (3), no sexto aniversário da morte de Matías Catrileo (Foto: Luis Hidalgo/AP)
Prostestos em Santiago marcaram nesta sexta-feira (3) o sexto aniversário da morte do estudante universitário chileno Matías Catrileo, assassinado aos 22 anos por um policial em 2008. De origem mapuche (povo indígena), ele foi atingido com um tiro nas costas durante um confronto com o Grupo de Operações Policiais Especiais (Gope) da polícia chilena. O jovem participava de uma ocupação em uma fazenda.
Catrileo tinha 22 anos e cursava Agronomia na Universidade da Fronteira, na cidade de Temuco. O autor do disparo, o cabo Walter Ramírez, foi condenado em 2011 a três anos de prisão sob liberdade condicional e a polícia permitiu que ele continuasse na instituição, mas foi dispensado da corporação no dia 18 de janeiro de 2013.
A manifestação desta sexta terminou em violência. Os participantes incendiaram um caixa eletrônico e queimaram barricadas nas ruas da capital do Chile. A polícia prendeu pessoas que estavam nos protestos e usou jatos de água de um caminhão pipa durante a ação.
“Matías Catrileo, sua morte não foi em vão”, gritava o grupo. Desde a morte do estudante, os mapuche têm dito que o episódio é uma evidência do abuso praticado pelas autoridades locais e da impunidade.
Habitantes da região central e sul do Chile, os mapuche se envolvem esporadicamente, há muitos anos, em confrontos com o governo do país. Em 2012, houve um aumento de ações violentas, com uma série de ataques incendiários – um deles provocou a morte de um casal de idosos.
Os mapuche (na língua nativa Mapudungun, o termo significa “povo da terra”) resistiram à colonização espanhola por 300 anos. Ao todo, hoje eles são há 800 mil e representam cerca de 5% da população total do Chile, que é de 16,5 milhões.
Manifestantes enfrentam polícia de Santiago nesta sexta-feira (3), dia do sexto aniversário da morte do estudante chileno Matías Catrileo, assissinado por policial em 2008 (Foto: Luis Hidalgo)Policial chileno durante protesto em Santiago nesta sexta-feira (3) que marcou o sexto aniversário da morte do estudante Matías Catrileo (Foto: Luis Hidalgo/AP)Jato de água dispersa manifestantes que participaram do protesto em Santiago no sexto aniversário da morte do estudante chileno Matías Catrileo (Foto: Luis Hidalgo/AP)Manifestante lança bomba em banco durante protesto em Santiago no sexto aniversário da morte do estudante universitário chileno Matías Catrileo (Foto: Luis Hidalgo/AP)
Fonte G1