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Dilma se reunirá com Bachelet nesta terça, informa Itamaraty

11 mar

A presidente Dilma Rousseff tem uma reunião marcada para esta terça-feira (11) com a presidente eleita do Chile, Michelle Bachelet.  De acordo com o subsecretário-Geral da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antonio José Ferreira Simões, a reunião vai tratar do comércio bilateral entre os países.

Dilma viajará para Viña Del Mar ainda nesta segunda (10) às 17h30, de acordo com a agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto. A previsão de chegada da presidente no país é  21h30. A assessoria da presidente informou que ainda divulgará a data da volta.

A posse da nova presidente do Chile ocorrerá nesta terça-feira. Michelle Bachelet foi eleita em dezembro do ano passado, em segundo turno, para mais um mandato à frente do governo chileno. Ela obteve 62,2% dos votos – maior votação recebida por um candidato à presidência desde que o Chile retomou as eleições democráticas, em 1989.

Bachelet governou o Chile entre 2006 e 2010, mas não conseguiu eleger sucessor nas últimas eleições presidenciais. À época, Sebastián Piñera – atual presidente do Chile – venceu Eduardo Frei.

Segundo o embaixador Antonio Simões, às 12h desta terça (horário local), a presidente Dilma participará da cerimônia de transmissão de cargo no Congresso Nacional, que fica em Valparaíso, cidade vizinha a Viña Del Mar. Em seguida, por volta das 13h, Dima voltará para Viña Del Mar, onde irá se encontrar com Michelle Bachelet e outros presidentes para almoço oficial. Na sequência, haverá foto com todos os presidentes presentes.

Comércio
Na avaliação do embaixador Antonio Simões, o Chile é um “tradicional parceiro do Brasil em termos de comércio”. Segundo ele, o Chile está em terceiro lugar em volume de comércio com o Brasil entre os países da América Latina, com US$ 9 bilhões registrados no ano passado, atrás somente da Argentina, em primeiro lugar, e do México, em segundo.

Ainda de acordo com o embaixador, o Brasil é atualmente o principal destino dos investimentos externos do Chile, com cerca de US$ 22 bilhões investidos. “Hoje, também há cerca de 70 empresas brasileiras no Chile, nas áreas de energia, mineração, fármacos, no setor aéreo, entre outros”, disse Antonio Simões.

O embaixador ressaltou em entrevista a jornalistas nesta manhã que 98% do comércio bilateral entre Brasil e Chile circula com tarifa zero.

“Nós temos perspectivas muito boas de avançar na área de energia, educação, infraestrutura, direitos humanos e a nossa ideia é que o Brasil esteja cada vez mais próximo do Chile, e estamos muito felizes com a perspectiva de ter o Chile cada vez mais integrado na economia da America do sul”, disse o embaixador.

Crise na Venezuela
De acordo com o embaixador, a presidente Dilma não irá discutir com Michelle Bachelet a crise na Venezuela. O país passa por onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro e cerca de 20 pessoas já morreram em manifestações.

Antonio Simões informou que na quarta-feira (12), em Santiago, capital do Chile, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, irá se reunir com chanceleres de outros países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para tratar da crise venezuelana.

Segundo o embaixador, Figueiredo irá apresentar aos países a posição do Brasil quanto à situação na Venezuela, reiterando notas divulgadas em conjunto com os países que compõem o Mercosul, a Unasul e a Cúpula da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac).

“No dia 11, o governo brasileiro entende que é um dia de festa para o Chile, essas cerimônias são com atos. (…) Por isso os chanceleres estão com agenda para reunião no dia 12, para tratar da questão da Venezuela. Por enquanto, não está previsto pronunciamento de presidentes sobre o assunto. Houve consenso por parte dos presidentes de que o assunto Venezuela será entre chanceleres”, disse o embaixador.

Fonte G1

 
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Publicado por em 11 de março de 2014 em Brasil

 

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