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Um enorme campo de refugiados para os sírios que fugiram da guerra em seu país foi aberto nesta quarta-feira (30) na Jordânia, onde a ONU e um ministro exigiram mais ajuda da comunidade internacional.
O campo de Azraq pode acolher, no momento, até 50 mil pessoas, mas, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), sua capacidade pode chegar a 130 mil refugiados futuramente.
“Este é provavelmente o maior campo de refugiados do mundo”, declarou o representante do Acnur na Jordânia, Andrew Harper, durante a inauguração do campo, localizado no deserto, 100 km a leste de Amã.
Cerca de 580 mil refugiados sírios foram oficialmente registrados pela ONU na Jordânia, vizinha da Síria.
O acampamento de Azraq deve ajudar a aliviar a pressão sobre o campo de Zaatari, no norte do país, para onde mais de 100 mil sírios fugiram, o equivalente à quinta maior cidade da Jordânia. Também no norte, um campo muito menor abriga cerca de 4 mil pessoas.
Mais de 400 refugiados chegaram no acampamento de Azraq desde esta segunda-feira, segundo a ONU.
Mais de 100 km de estradas, um sistema de abastecimento de água, um hospital com 130 leitos e duas escolas foram construídos no local.
Ao contrário das tendas e caravanas do acampamento Zaatari, 5 mil abrigos foram construídos em Azraq com zinco e aço para resistir aos ventos fortes e às temperaturas extremas do deserto, de acordo com a Acnur.
“Graças a Deus estamos aqui (…), longe dos bombardeios. Estamos acostumados a viver no campo”, diz Yasser, de 33 anos, que fugiu da região rural de Damasco há três dias, com quarenta membros de sua família.
“Finalmente podemos dormir. Estamos realmente cansados de guerra”, declara Abu Mohammad, de 40 anos, pai de três filhos.
“O campo é bom, mas ainda estamos à espera de eletricidade. Também precisamos andar vários quilômetros para buscar água. E precisamos de ventiladores e televisores”, considera Khaled Diab, de 38 anos, que chegou com sua esposa, seus cinco filhos, sua mãe e irmã.
Harper e o ministro das Relações Exteriores jordaniano Nasser Jawdeh pediram à comunidade internacional ajuda de longo prazo aos refugiados.
A Jordânia “está fazendo tudo que pode, ela abriu sua fronteira, abriu espaço para os refugiados. Mas agora é a comunidade internacional que deve fazer mais para mitigar o impacto” sobre o reino, disse Harper.
“O que nós precisamos é de uma ajuda adicional, não a curto prazo, mas a longo prazo”, acrescentou a diplomatas.
Em dezembro, a ONU estimou em US$ 6,5 bilhões o valor necessário para atender às necessidades das vítimas da guerra na Síria, mas as promessas de doadores reunidos em janeiro no Kuwait não ultrapassaram os US$ 2,3 bilhões.
Autoridades turcas, iraquianas, egípcias e libanesas, bem como o alto comissário da ONU, Antonio Guterres, devem se encontrar no domingo em Amã para discutir a questão dos refugiados sírios, segundo Jawdeh.

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